sexta-feira, 18 de junho de 2010

Plastico Verde Invade F1


Os troféus entregues aos melhores pilotos da corrida de F1 de 2008 são mais do que especiais: além de desenhados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, são feitos do chamado “plástico verde”, criação de uma empresa brasileira.
A idéia de produzir o troféu do GP Brasil com o plástico verde surgiu em um almoço e foi posta em prática rapidamente. Niemeyer criou o desenho em 15 segundos, inspirado nos traços do Palácio da Alvorada, e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) aprovou o projeto.

- Este troféu é a primeira divulgação internacional do plástico verde, além das participações em feiras especializadas. Vamos torcer para que o Massa fique com ele, claro – ressalta o presidente da Braskem, Bernardo Gradin.

Abaixo da base do troféu há uma mensagem gravada que registra o projeto de Niemeyer e o uso do plástico verde na confecção da peça. O arquiteto, aliás, será homenageado em uma ação comercial no intervalo do Jornal Nacional, no próximo sábado. Ele não cobrou para participar do projeto.

Biopolietileno: A Promessa de Uma Natureza Limpa


O biopolietileno é resultado de um processo de polimerização equivalente aos processos já conhecidos e dominados, tendo como grande diferencial a obtenção do eteno, produzido por desidratação do etanol da cana-de-açúcar. Através desta tecnologia, foi possível integrar a alta experiência e competitividade do Brasil no setor sucroalcooleiro e na produção de resinas termoplásticas.
O processo de obtenção de eteno a partir de etanol proveniente de fonte renovável ocorre através da desidratação do álcool na presença de catalisadores. Os contaminantes gerados no processo devem ser removidos através de sistemas apropriados de purificação sendo estes o grande salto tecnológico que a Braskem desenvolveu. Como sub-produto, é gerada água que pode ser reutilizada em diferentes etapas agrícolas ou do processo industrial. O eteno possui pureza adequada para qualquer processo de polimerização e permite a obtenção de qualquer tipo de polietileno.
Com esta tecnologia é possivel absorver o CO² da atmosfera e transformá-lo em plástico. Além dos aspectos ambientais, o plástico verde possui propriedades idênticas às do plástico tradicional e tem aplicação em mercados como o automobilístico, indústria de brinquedos, embalagens para alimentos e produtos de higiene , entre outras.
Segundo Pesquisas para cada tonelada de polietileno verde que será, 2,5 toneladas de CO2 são removidos da atmosfera. Este número é o resultado entre a quantidade de CO2 que a cana absorve com a fotossintese que é de 7,4 toneladas de CO2 e a emissão durante a produção 4,9 tCO2.

Aceitação na Industria
Uma grande vantagem do polietileno verde é a sua versatilidade, pois todos os seus produtos podem ser usados nos maquinários das indústrias de transformação sem qualquer necessidade de investimentos em modificações ou adaptações, além de possuir custo de produção bastante competitivo no mercado mundial.
A Norma ASTM D6866-06 é utilizada para determinar o conteúdo de carbono de fonte renovável em uma amostra de produtos sólidos, líquidos ou gasosos. Essa metodologia permite diferenciar carbonos de fonte fóssil e renovável. Através desse método, constatou-se que o polietileno produzido é 100% de fontes renováveis.
A cadeia na qual o polietileno verde é produzido permite uma maior redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera em comparação a outros polímeros, em consequência de duas principais características: a alta produtividade da cana-de-açúcar em gerar a biomassa, que pode ser usada como fonte de energia para o processo; e a alta capacidade da molécula de eteno em armazenar carbono (86% em peso), quando comparado a outros biopolímeros.

O biopolietileno possui características equivalentes às do polietileno convencional, podendo ser empregado em diversas aplicações. Esta é uma vantagem que o polietileno verde tem em relação aos demais biopolímeros que possuem aplicações mais restritas.
Com o eteno verde, é possível produzir todos os tipos de polietileno: PEAD (polietileno de alta densidade), PEBD (polietileno de baixa densidade), PEUAPM (polietileno de ultra-alto peso molecular) e PEBDL (polietileno de baixa densidade linear), com 100% de matéria-prima renovável.
Avaliações realizadas na fase inicial do projeto constataram um enorme potencial de crescimento e de valorização do mercado de polímeros verdes. Como essas resinas têm o mesmo desempenho e propriedades do produto similar obtido a partir de matéria-prima não renovável, a indústria de manufaturados plásticos deverá beneficiar-se desse importante desenvolvimento sem a necessidade de fazer investimentos em novos equipamentos.

Suprindo Necessidades

O plástico verde é destinado a suprir os mercados internacionais que exigem produtos de alta qualidade, como no setor aotomobilístico, de embalagens alimentícias, cosméticos , que já realizam testes de aplicações. Avaliações realizadas na fase inicial do projeto constataram um enorme potencial de crescimento e de valorização do mercado de polímeros verde.

Veja alguns produtos feitos apartir desse material: